terça-feira, 20 de abril de 2010

Homenagem à Yancey

Jamais alguém que tenha encontrado a Jesus permanece igual. (...) Jesus abalou minhas estruturas preconceituosas e me conduziu a fazer perguntas severas sobre a razão por que os cristãos não nos empenhamos para segui-lo melhor.

Se ao menos eu pudesse ouvir a voz saindo do redemoinho e, como Jó, manter uma conversa com o próprio Deus! (...) Deus não é mudo: A Palavra falou, não saída de um redemoinho, mas da laringe humana de um judeu palestino. Em Jesus, Deus se deitou na mesa de dissecação, por assim dizer, estendeu-se na postura da crucificação para o escrutínio de todos os céticos que já viveram. Entre os quais me incluo.

As palavras acima são de Philip Yancey. E assim como Yancey, estou fazendo perguntas severas sobre a razão de inventarmos tantas liturgias, campanhas, e criarmos barreiras que dificultam seguirmos a Jesus. Certa vez Jesus proferiu as seguintes palavras: "Ai de vós, intérpretes da Lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando."

O que era uma repreensão, acabou virando uma regra nos dias de hoje. Aqueles que tem a chave da ciência, não adentram na casa da sabedoria e ainda impedem os que querem fazê-lo. Teorias cinematográficas sobre Deus, diabo, céu e inferno. Palavras selecionadas que se tornam senhas que fazem pobres mentes transformarem riso em lágrimas, alegria em tristeza, perdão em dúvida, tudo apenas pela "piedade" e pelo "arrependimento".

Será que não estamos nos tornando "fariseus sangrentos", caminhando rumo ao extremismo religioso? (Os "fariseus sangrentos" eram homens conhecidos por causa das frequentes colisões com muros e outros obstáculos, por andarem com a cabeça baixa e coberta, com intuito de evitar a tentação sexual).

"Pois vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus".

Sua opção de hoje qual será: o fanatismo ou a misericórdia? pois: A qualidade da misericórdia não está deformada. Cai como a mansa chuva vinda do céu... E o poder da terra vai então mostrar-se como o de Deus, quando a misericórdia tempera a justiça. - Shakespeare

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