terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Mensagem de Paulo aos Colossenses - Parte I

O Mestre e discípulo caminhavam pelos desertos da Arábia. O Mestre aproveita cada momento da viagem para ensinar ao discípulo sobre a fé.
- Confie suas coisas a Deus - diz ele - Deus jamais abandona seus filhos.
De noite ao acamparem, o Mestre pede que o discípulo amarre os cavalos numa rocha próxima. Ele vai até a rocha, mas lembra dos ensinamentos do Mestre:
- "Ele está me testando", pensa.  - "Devo confiar os cavalos a Deus."
E o discípulo deixa os cavalos soltos. De manhã o discípulo descobre que os animais fugiram. Revoltado procura o Mestre.
- Você nada entende sobre Deus - reclama. - Eu entreguei a Ele a guarda dos cavalos e os animais não estão lá.
- Deus queria cuidar dos cavalos - responde o Mestre. - Mas naquele momento, Ele precisava de suas mãos para amarrá-los. (autor desconhecido)
            Conhecimento e Experiência. Temas da crônica acima. Temas que envolve a carta de Paulo escrita aos colossenses. O que é maior o conhecimento ou a experiência? Temos por definição de conhecimento a “idéia ou noção de alguma coisa”. É uma relação de familiaridade e não de intimidade. Já a experiência é o saber por observação ou prática. Mas isto faz a experiência, maior do que o conhecimento?
            O apóstolo Paulo, inicia sua carta agradecendo aquele que nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado.(1.14) pelo amor que os colossenses demonstravam pelos uns pelos outros e principalmente pela fé que era manifestada por eles. Os irmãos em Colossos ouviram e entenderam a graça de Deus em toda a sua verdade (1.10). O desejo de Paulo manifesto através de suas orações, era que o pleno conhecimento da vontade de Deus enchesse os colossenses. E para que? Para que os colossenses firmassem sua fé em Cristo e em suas palavras (1.23; 2.6-7). Que o conhecimento de Deus produzisse através da experiência frutos de graça, amor e alegria.
            Paulo alerta aos colossenses que o viver em Cristo não é um conceito abstrato, carregado de doutrinas ou filosofias (2.2-3). Viver em Cristo é mais do que religião (embora nunca tenha sido uma religião mesmo). É ter uma vida pautada, não em conhecimentos frívolos ou em orientada e determinada por condições. É aprender a suportar uns aos outros e perdoar as queixas que temos uns contra os outros (3.13).
            Cristo não aprova a impudência. Aprender a suportar e perdoar. Não existe remédio para isto. Aprende-se na prática e somente com ela, pois de livros com teoria para “liberar perdão” o mundo está cheio. Cristo não escreveu livro, tese ou teoria de como liberar o perdão. Ele não nos deu o perdão como ordem e sim como ensinamento. Ele mostrou que perdão é ação, prática e não teoria. Demonstrou e ofereceu perdão a todos quanto o ofenderam, agrediram, insultaram e o machucaram.
            Cristo nos ensinou e nos mostrou que o Deus o desejo de Deus é ter um relacionamento mais intenso conosco. Deus deseja que nos tenhamos o conhecimento de quem ele é. Mas que nosso conhecimento não seja apenas uma relação de familiaridade, mas de intimidade. Oséias diz que devemos “conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor”2. Em outras palavras, que o nosso conhecimento de Deus caminhe-se para um conhecimento ainda maior sobre Deus. Cristo nos reconciliou a Deus para que pudéssemos ver além dos dogmas e filosofias religiosas que nos cercam. Enxergar além das grades impostas por doutrinas humanas falíveis que nos impõe cargas e fardos, conceitos e definições que andam afastadas a milhas das palavras proferidas por Cristo.
            Através do sacrifício físico de Cristo, ele nos reconciliou a Deus. Nós que dantes eram inimigos de Deus, na mente e por conta de nosso mau procedimento, obtivemos o perdão dos nossos pecados, por intermédio daquele que é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis (Cl. 1.15,16). Ele nos amou quando nós ainda éramos pecadores. Buscou aqueles que não buscavam por Ele. O sacrifício de Cristo é a manifestação real do amor que Deus nutre pela humanidade (ver João 3.16). E hoje ele nos convida a sermos um com ele, a viver uma vida abundante, pautada em seus ensinamentos, despindo do velho homem e suas práticas e se revestindo do novo, sendo renovado pela verdade e pelo conhecimento de Deus.

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